segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Lembranças!


Tava revendo meu fotolog (/anjo_branco)... adoro ler posts antigos meus, ver como mudei (ou não) e (re)descobrir coisas sobre mim mesmo que eu nem lembrava que existiam. A gente cresce e vai esquecendo das coisas passadas, de como a gente era e pensava a vidam quando na verdade temos que lembrar que é olhando pro passado que podemos contruir um futuro bem mais legal ou ao menos diferente!No começo até fiquei triste por lembrar de como a gente perde tempo com coisas fúteis e como a vida se repete infinitamente! Lembrei tb de pessoas que não estão mais ao meu redor, seja porque já foram pra outro lugar do mundo ou mesmo pro andar de cima! Reli comentários de pessoas que um dia foram presentes da minha vida e hj nem sequer me dizem 'oi' quando me vêem na rua! Vi fotos que hoje seriam impossíveis de serem tiradas! Mas a vida é assim mesmo, né? Sou uma pessoa nostálgica por natureza! Ah, essa foto aí foi tirada em 2005, no museu de Francisco Brennand! Adoro essa foto tanto por causa da frase como por causa dos meus pensamentos no momento! E ah, ela tem tudo a ver com meu post de hoje, neh? hUAhUAhUAHUA! Bem... No mais, deixo um texto da deusa Clarice Lispector que eu reencontrei no meu fotolog tb!

.:Por não estarem distraídos:.

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto.
No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

Clarice Lispector


Bem, por hoje é só pessoal! ^^
A.

4 comentários:

Anônimo disse...

"entre desconhecidos de toda a sorte, talvez
nos sentássemos a falar da nosa vida, isto é,
de como vamos ficando cada vez mais órfaos
de nós próprios. Ou, pensando bem, talvez nao."

Rui Pires Cabral

Anônimo disse...

OLhe sempre pro passado, para sorrir com sua história, mas não faça do seu presente uma ponte até ele...

O hoje é sempre mais importante! Make it happen!

Abração

Anônimo disse...

Olha, sou o André 2 lembra, vi o endereço do blog no seu msn e resolvi xeretar, rs. O que vc disse é verdade, olhar psots antigos de blogs e fotos velhas tràs muitas lembranças mesmo, eu tenho um fotolog apesar de não postar há meses, ^^" mas olhar o que ja escrevi é estranho, ver que ja pensei daquele jeito e conheci algumas pessoas que não fazem mais aprte do meu dia-a-dia, e quanto estas pessoas que vem e vão tem uma frase que eu adoro:

"Aqueles que passam por nós, não nós deixam sós. Deixam um pouco de ti e levam um pouco de nós"
Antoine de Saint-Exuper

Penso demais nisso, que todo encontro muda um pouco dentro de vc, que mesmo a pessoa não estando lá, se não tivesse se esbarrado nela, a vida seria muito diferente, deu pra entneder algo?? As vezes posso ser introspectivo demais ^^"

falow guri

Anônimo disse...

Eu também tenho umas fases nostálgicas...
Acho que olhar para o passado tem os seus prazeres e suas vantagens. Uma saudade gostosa, ou um aprendizado... mas tomo cuidado pra não ficar demais nele... minha vó diz que (e um monte de gente) "quem vive de passado é museu" ¬¬'

Eu gosto de Clarice, mas alguns textos dela me deixam com falta de ar...


Vou dar uma olhadinha nos outros posts... faz um tempinho que não passo por aqui.

;* kisu